Geriatria Animal: Eles também envelhecem!

Os anos passam muito mais rápido para os cães.

A entrada do cão na velhice é determinada por seu porte. De acordo com a Associação Cinológica do Brasil, a longevidade dos cães varia conforme o porte da raça, mas a expectativa média de um cachorro de pequeno e médio porte é cerca de 12 anos e dos cães grandes ou gigantes um pouco mais curta. Gatos vivem em média 12 anos.

O envelhecimento se dá de forma gradativa e silenciosa. Nessa idade ocorrem muitas alterações físicas e comportamentais. Por exemplo, a pelagem vai se tornando esbranquiçada (principalmente na face), diminuem a atividade física e passam a dormir mais horas do dia, alterando, também, a necessidade de ingestão calórica.

Animais obesos têm uma expectativa de vida menor, porque a doença pode levar a problemas cardíacos, insuficiência hepática, diabetes, problemas de coluna e articulares, entre outras doenças. Por isso é fundamental controlar o peso do animal durante toda a sua vida. Existem no mercado rações específicas para os idosos, que são as rações “seniores”: Essas rações possuem menos gordura e mais fibras (para manutenção do peso), menos proteínas (para não sobrecarregar os rins), além de grãos mais fáceis de quebrar, pois os dentes do nosso velhote já não são mais os mesmos.

Artrites, artroses e alterações na coluna são frequentemente encontradas em cães idosos, no caso dos obesos o quadro é ainda mais complicado. Além da dificuldade de se locomover ou de se levantar e sentar, cães com artrite sentem muita dor, tem sua atividade de locomoção comprometida e, consequentemente, atrofia muscular.

O acúmulo de tártaro é muito comum, e a gengivite que acompanha o tártaro pode ser uma porta de entrada para bactérias na corrente sanguínea, causando problemas graves nos rins e coração.
Com o avanço dos anos tanto os rins quanto o coração e os pulmões diminuem sua eficiência natural. Fique atento se o seu animal idoso aumentou o consumo de água e a produção de urina, cansaço e tosse após exercícios, pois podem sinalizar alterações nesses sistemas.

Os animais de qualquer idade devem se exercitar regularmente, para manter a boa circulação, a firmeza muscular, facilitar a locomoção e as funções fisiológicas. Na questão de animais geriátricos, os velhinhos também devem ter atividades para manterem a capacidade de urinar e evacuar sem dificuldades. Por outro lado, tanto cães como gatos idosos devem ser desestimulados a pularem demais ou participarem de atividades violentas.

A diminuição da visão e audição é comum, e nesses casos é preciso uma atenção e compreensão especial do dono as dificuldades que o animal possa vir a apresentar.

Dispensar algumas horas para brincar e ficar junto de seu animal também é importante e pode, inclusive, prevenir problemas comportamentais como resistência a mudanças da rotina diária ou mesmo depressão. E não se pode esquecer, afinal, que esse animal sempre foi uma ótima companhia. E não é porque ficou idoso que deixou de ser. Estar disposto a ter esse amigo fiel significará cuidar dele quando ele mais precisar, ou seja, na velhice!


Muitas vezes, cães mais velhos têm um número de processos de doença acontecendo ao mesmo tempo, limitando a capacidade do seu corpo para lidar com certos medicamentos para ajudar com um problema, o que poderia tornar um outro pior.

A acupuntura traz melhora na qualidade de vida do animal idoso nos domínios da dor, aspecto comportamental, físico, funções orgânicas, redução do estresse, relaxamento e combate à depressão.

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